quarta-feira, 16 de junho de 2021

Do nunca mais

    Nunca mais o leite na leiteira fervendo.
    Nunca mais o forno ligado por 5 minutinhos pra esquentar os petiscos ou por 25 min pra fazer a pizza.
    Nunca mais a garrafa recebida na festa de final de ano da empresa (essa porque eu acabei mesmo).
    Nunca mais picnic.
    Nunca mais acertar sempre se a comida nova agrada.
    Nunca mais algumas peças de roupa.
    Nunca mais maratonas de séries.
    Nunca mais filmes de terror.
    Nunca mais cuidado com a validade dos alimentos.
    Nunca mais frio e calor coexistindo.
    Nunca mais links.
    Nunca mais adjetivos únicos.
    Nunca mais leitura dos olhos.
    Nunca mais "leva o casaco".
    Nunca mais Damien Rice como antes.
    Nunca mais O presente perfeito.
    Nunca mais cabelo-gliter.
    Nunca mais "já tem 300 reais aqui?"
    Nunca mais "já escolheu?"
    Nunca mais partes de livros.
    Nunca mais pacotinho de feijão.
    Nunca mais áudios entre uma parada e outra.
    Nunca mais creme nos cotovelos.
    Nunca mais cuidado com as mãos e pés.

    Nunca mais "psss, calma, calma, respira".

    Nunca mais "foi quanto tempo".

    Nunca mais "tem mais?".

    Nunca mais muitas coisas que não saem agora...

"Nunca é muito tempo",
meu pai me ensinou.

Nenhum comentário: