sexta-feira, 27 de maio de 2022

Dos sabores

O doce de abóbora, tão estimado, agora com um Q de amargo ... indecifrável a sua origem.
O bear mate parece que não tem gás, não trás frescor e não dá o up da cafeína.
O pão carioquinha, que gosto ele tem? Quantos precisa comer pra sentir o gosto?
Ontem, na tentativa de aplacar um pouco da dor e desespero, usei essência de baunilha (que eu mesma fiz). Baunilha, baunilha, bauni ... amargor, tontura, um buraco no estômago, o arrependimento de ter pensado em comprar outra vez, as lembranças de quase um ano atrás! O amargo na boca, a tontura no corpo, a aflição pela letargia de uma parte -externa- de mim: tudo dói.
Aqui do lado, ela não come, cambaleia um pouco, reclama da invasão sofrida, se retira, se deita e dorme.
A fragilidade de uma Rainha é algo muito sofrido de se presenciar; até o gosto das coisas mudam...

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Do primeiro ciclo (Da ausência)

Acordei às 06:30 e, mesmo não tendo mais o costume de tomar café da manha, abri a geladeira e me servi de uma generosa fatia de bolo. De chocolate. Doce. Seguido de água quase gelada.
Forrou o estômago. Parcialmente, consegui me iludir de que o dia iniciara doce, minimamente doce.

O texto da música passou, do dia 17 passou, do natal passou (o próprio natal passou - quase que desapercebido). O ano novo passou. Minha mudança de ciclo passou (gratidão pelo presente). A promoção, finalmente, aconteceu. O respirar novos ares se concretizou (mesmo com todos os questionamentos inquietantes do período).

Já está de noite. Em casa, comi mais bolo. Uma fatia. Duas fatias. Morango. Músicas do Nelson Gonçalves. Lembranças. Estaticidade.

Todas as decisões não compartilhadas. Todas as novidades. Todas as ideias. Todos os questionamentos. A ausência de aprovação. De norte. De orientação.

Amargo.

...

Do ar que não nos deixa afundar,
Mas que não é o suficiente para
que fiquemos de pé.