quarta-feira, 15 de abril de 2009

Dos desencontros

Eu o conheci no início do ano de 2004. Eu indo ao local para cumprir com minha pseudo-obrigação e ele estando lá por ser o dia em que ele devia estar lá.
Era uma manhã de sábado, nem fria nem quente, nem agitada nem calma; era uma manhã comum, uma manhã qualquer que não me dava expectativa alguma de que poderia ocorrer algo de bom (ainda bem que ocorreu).
Nós já sabiamos da existência um do outro, mas só naquele sábado que ele parou para conversar comigo. Conversa sobre família, estudos, planos e coisas do dia a dia.
E, desde aquele dia, ele passou a me acompanhar, orientar, observar e etc etc etc.
Dizem que tudo que é bom dura pouco tempo; eu não sei se tudo é TUDO mesmo, mas isso foi uma coisa que durou pouco tempo: durou mais ou menos dois meses e ele foi transferido.
Um pouco depois eu abri mão dessa pseudo-obrigação e dediquei-me a outra atividade (que me trouxe muita satisfação, mas que não vem ao caso agora).

Praticamente cinco anos depois eu volto a encontrá-lo (e isso foi mais que um impulso para eu voltar com a minha obrigação) ...
...
E eis que, justamente depois de dois meses de convivio, as coisas voltam a acontecer.
Acontecem do mesmo jeito, com o mesmo tempo, com (praticamente) as mesmas palavras. A única coisa que mudou foi a reação (externa); excetuando-se pelo fato de que eu apenas disse "voce sabe que eu não estou acreditando, não sabe?", eu demonstrei estar normal (embora não estivesse). Não foi por orgulho, por vaidade ou coisa do tipo, foi só porque eu realmente não acreditava (ainda não acredito) que as coisas estão se repetindo quase que do mesmo jeito, que eu estou chegando atrasada de novo (ou que ele está indo embora muito cedo).

É triste e, quando as coisas acontecem com nós mesmos, é difícil ver o lado bom. Mas, sabe-se lá porque, eu consigo pensar "ainda bem que nos encontramos em meio ao nosso desencontro" =)

Eu torço para que aconteça mais encontros e que os mesmos possam durar mais.

3 comentários:

Maria disse...

Eu tb torço para que isso aconteça!Muitos sábados "comuns" virão!Pode crer!;) bjinhos

Cibele Cruz disse...

vc escreve bonito, amor.

Vallessya Matos disse...

E ele se foi ... deixando um presente muito bom pra mim :]