Foi lá atrás, no tempo do colégio ainda, que a Melina me disse que apenas o período de seis meses que deve ser comemorado. Não um mês, não um ano: seis meses! Ela tinha toda uma explicação que eu não dei importância, nunca fez sentido pra mim.
No começo de novembro eu já tinha parte desse texto pronto, pensei em destinatar diretamente, pensei em escrever alí mesmo, quando tudo estava mais a flor da pele, mais latente. Desisti. Me reuni e debati, mentalmente, com aquelas que habitam meu corpo em forma de arte e desisti.
Eu sei que hoje são dez (e não nove), mas a questão é que eu estou virada e o sol não nasceu ainda: ainda é nove. Ainda é nove e ontem foi quarta-feira. Ainda é nove e o Tim continua tocando -mais leve, mais suave, menos marcante, menos dolorido, mas continua tocando. Ainda é nove e eu não sei se entendi o que deveria entender, porque aquele sentimento verdadeiramente ruim e super raivoso continua sem aparecer. Ainda é nove e ainda há objetos. Ainda é nove e ainda há cabelo-gliter (im-pres-si-o-nan-te, né?). Ainda é nove e eu ainda sorrio quando vejo aqueles bebes. Ainda é nove e eu não sei quando deixará de ser (por completo).
O sol começa a nascer, o dia dez também!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Do que não se comemora
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Do que eu não disse
E te explicar que era verdade
O que você sentiu ninguém forçou
Você tem tanto medo
Que finalmente isso deu certo?
Sem procurar razão pra dizer não
Se bate o desespero
Mas que fez muito mal pra mim, fez mesmo
Mas que fez muito mal pra mim fez mesmo
Mas que fez muito mal pra mim fez mesmo
Nós dois sabemos que a gente
Não vai mais se encontrar
Nem se quiser, é muito deprimente
Eu sei que você também sente
Mas se não é igual, não leve a mal
Vou fazer diferente
Eu já passei por tanta coisa
Eu não vou mais ser seu amigo
Eu quero até, mas não consigo
Eu também vou sentir saudades
E eu também vou chorar sozinho
Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço
Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço
Que eu me acostumo, mas eu não te esqueço
Eu te prometo que eu jamais te esqueço
E eu aguentei por muito tempo
Eu fiz o meu melhor, mas não dá mais
Hoje eu morri por dentro
-por essa e outras-
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Da fluidez
Resolvi fazer uma limpeza pontual. Abrir espaço, me desfazer do que começava a ficar empoeirado, deixar as energias fluírem. Funcionou!
Já aconteceu de você procurar uma flor diferenciada na floricultura, encontrar, admirar, não levar e depois achar essa mesma flor numa praça? Me aconteceu!
De uma forma fluida, suave, fácil, sem precisar tirar leite de onça (pois, vegan!) ou de pedra, vivenciei uma experiência permeada pela calmaria, gentileza e leveza; preenchida por uma beleza que há muito não se (vi)via.
Não havia pressa também e a percepção do tempo mudou: os minutos não escorriam pelas mãos, eram apreciados em sua plenitude; a sensação de mais horas decorridas, enquanto o relógio mostrava que ainda era cedo; o tempo-espaço parando-movimentando...
Foi uma vivência, inicial, de 2 dias; mas intuo que, numa perspectiva de 58 anos, foi um pouco mais.
sábado, 2 de outubro de 2021
Do exorcismo, um conto
o cruzamento
dos caminhos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Do que ainda dói
Comprar comidas diferentes
O suco de chá mate com limão
A água com gás São Lourenço
A tentativa de ser amável com o Shaman quando estou impaciente
Fazer exames via nasal
O fim das viagens
Andar todos os corredores do mercantil
Os livros não lidos a tempo
As fotos
Os vídeos
A voz ecoando na minha cabeça
A pergunta super real "por que você está correndo tanto?" na BR a 130km/h
Admirar as joias
O silêncio reflexivo
As novidades não contadas
O meu pé de limão
A ausência
Os 150 dias
terça-feira, 28 de setembro de 2021
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
Da festa silenciada
E, basicamente, eu me preparo pra esse dia desde o começo do mês. Me programei para estar em casa hoje e poder te sentir mais presente; porque, mesmo você nunca tendo vindo nessa casa, há varias coisas suas morando aqui comigo.
Acordei pensando na música do Carequinha e me vesti com sua camisa azul (que eu te dei na época do Geo), abri seu cd da Joana e pus pra tocar. Comi um doce; bem doce mesmo, daqueles que você comeria e beberia um enorme copo d'agua em seguida - e foi o que eu fiz também. E comecei a decorar a casa com os quadros e banners que eu tenho. Tudo aconteceu ao som de Joana, Nelson Gonçalves e Beatles.
Toda essa decoração hoje (e arrumação ontem), provavelmente, é uma forma de tentar reproduzir as festas que tinham lá em casa. Lembra como você adorava nos reunir? De como, lááááá atrás era costume nos reunirmos toda sexta feira? De como você ficava satisfeito quando estava todo mundo junto dentro de casa? A gente comendo, bebendo, rindo, fofocando, trocando/recebendo presentes, tirando fotos, criando lembranças? E, mais recentemente, de você dizendo por telefone "só faltou você e seu irmão, que moram fora", lembra?
Hoje, a casa aqui estava arrumada e decorada para uma festa silenciosa que só pôde acontecer dentro de mim, dentro da gente, de todos nós que nos reuníamos lá em casa...
Eu tenho certeza, plena e absoluta, de que você amanheceu com uma festa especial... espero, de coração, que hoje você tenha ouvido as músicas que por 15 anos não pudemos cantar para você; que elas tenham sido cantadas pelas duas vozes mais doces aos seus ouvidos.
Por aqui teve música e silêncio preenchendo uma casa decorada para você.
Feliz aniversário.
Te amo!
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
Da busca (do entendimento e da experiência)
Passados seis anos e meio, me vi com um vidro esverdeado tingido de vermelho. Lá estava eu, de modo prático, naquela experiência. Não foi bom (foi péssimo, em verdade). Eu sabia que estava fazendo do jeito errado, que não iria mesmo funcionar naquelas condições.
Posteriormente, fiz outra tentativa: dessa vez, usando um vidro transparente tingido de um-transparente-delicadamente-puxado-pra-baunilha-(a flor). Não foi uma experiência ruim, mas eu sabia que ainda não era aquilo; não podia ser aquilo, não justificava, não ajudava quase nada, meio que não valia a pena (na minha cabeça, precisava, realmente, valer a pena).
Foi só na terceira tentativa, usando um vidro transparente tingido de transparente-brilhante que eu senti a experiência surtindo efeito. Tudo fez sentido, ainda que nada estivesse fazendo sentido. Tudo ficou claro; claro como neve. Era o segundo final de semana de agosto. Embora visse tudo, eu não enxergava nada em meio aquele espaço, agora, cor de neve. Não havia muitos movimentos também: ambientes nevados induzem um estado de recolhimento, de quietude, de apenas estar ali olhando sem sentir. Pronto! Tinha conseguido, tinha entendido, tive a vivência, estive presente naquele momento que só existe uma vez (e que durou o domingo quase todo).
No fim de semana passado, resolvi testar outro vidro transparente tingido com uma mescla de amarelo-ouro-claro e roxo-jabuticaba. Foi um teste aleatório; eu já supunha que não valeria a pena: não gostei da experiência (e foi aqui que eu vi que nem sempre precisa valer muito a pena).
Para esse final de semana, há um vidro azul tingido de transparente.
Não há mais um objetivo definido.
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Dos traumas das rupturas
Não quero conhecer o Peru. Não gosto de cozinhar todo final de semana. Não suporto o som do teclado nas músicas dos anos 80.
Odeio o centro da cidade, principalmente as proximidades da rodoviária. Evito fazer arroz com muito alho, pizza caseira, leite e cookie de aveia. Não escuto AnaVitória, Tiago Iorc, Snatam Kaur, Tiê, Damien Rice e Charlie Brown Jr. com neutralidade. Desativei o "visto por último" e a confirmação de leitura no whatsapp. Tenho palpitações ao passar pelo Bonfim e redondezas.
sábado, 31 de julho de 2021
Dos poemas
Outro mês passou,
a saudade ficou,
o silêncio surgiu,
o café esfriou,
e agora, José?
e agora, sem você?
você que tem nome,
lembrado por todos,
você que fez versos,
que ama, conversa?
e agora, José?
Está com a mulher,
está com os puros,
está no caminho,
já não há o que sofrer,
já não há porque gritar,
incômodos não há,
(aqui) o sol raiou,
a felicidade não veio,
o conforto não veio,
o riso não veio,
não veio a companhia
e tudo acabou
e tudo submergiu
e tudo desestabilizou
e agora, José?
E agora, José?
Suas doces palavras,
sua presença constante,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
suas peças de ouro,
suas roupas novas,
sua permanência,
seu foco - e agora?
Com os tubos na mão
quis sair pela porta,
não existia porta;
não quis morrer sem ar,
mas o ar acabara;
quis ir para a Quinha,
Quinha não estava mais.
José, e agora?
Se você voltasse,
se você entendesse,
se você tocasse
as músicas de antigamente,
se você surgisse,
se você se comunicasse,
se você aparecesse...
Mas você não aparece,
estamos de luto, José!
Sozinha no escuro
quão bicho-do-mato,
sem referência,
sem destino seguro
para me acobertar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
eu marcho, José!
(-) Minha filha, para onde?
{Porque eu fiquei com teus últimos escritos; e o último, referenciando os três meses passados da ausência, foi uma adaptação de "José". Três meses passaram, eis-me aqui!}
sexta-feira, 30 de julho de 2021
Da(s) constatação(ões)
Entrei, em algum momento aleatório, apenas para "ver um negócio".
Enquanto sorria por ver o que buscava, ouvi a interrupção:
- blablabla, a mulher do fulano, blablabla ...
- Esposa!
Fechei a página sorrindo mais:
fui surpreendida, positivamente, por duas vezes;
já estava bom!
quinta-feira, 15 de julho de 2021
Do ódio
Fiz essa montagem em 23 de junho (a ideia original era lamentar pelas 500mil mortes que o Brasil sofreu).
Essa semana, o presidente do país foi internado devido aos soluços intermináveis que estava tendo ... e, pela segunda vez na vida, eu desejei forte e sinceramente que alguém morresse. A primeira vez foi quando o presidente pegou covid. Naquela época, eu ainda não conhecia ninguém "próximo" que tivesse pego a doença e, menos ainda, que tivesse morrido devido a ela. Ainda assim, já sofria e lamentava por tudo que o presidente era (continua sendo) e representava (continua representando, cada vez pior): para além dos esquemas de corrupção (que é deplorável por si só), tem também o machismo, racismo, homofobia, xenofobia, intransigência, visões anticientíficas, inclinação ao fascismo, políticas de extermínio dos povos indígenas e quilombolas...
Hoje (não é de hoje, pelamordideus), além de tudo isso (que já é coisa muito-demais-exageradamente absurda), tem o plano genocida que abrange todos, absolutamente todos. Foram 500 mil mortes (em 19.06.2021) e 400 mil delas poderiam ter sido evitadas. 400 mil. QUATROCENTAS MIL. 4/5 do total. 80%. Poderiam ter sido evitadas
O presidente pegou covid e não morreu; foi internado, passou por um processo de intubação e, até o momento, não morreu.
...
Presidente, com todo o ódio, mágoa e rancor vindo do lado mais obscuro e involuído do meu ser, eu desejo -com toda a sinceridade do meu âmago- que você morra!!! Sendo mais sincera ainda (e involuída também), minha visão de morte ideal para você seria por meio de uma sessão (quase eterna) de tortura, igual as que o seu ídolo (o Ustra) fazia com os perseguidos nos tempos do GOLPE militar, sabe? (eu trocaria os ratos por réplicas de mini-cactos - feitas em ferro)!
Em tempo: "um genocida não se elege sozinho"; parabéns (pela trilionésima vez) aos envolvidos na eleição dessa desgraça em forma humana.
Ah, e pra qualquer argumento a favor do presidente e seu desgoverno, eu só tenho uma coisa a dizer:
SEU CÚ!!!
Impressionante o que
uma alma brutalmente
ferida é capaz de sentir,
não é? Também acho!
domingo, 11 de julho de 2021
Do paliativo
Prima e Professor
(agora mestrando),
acabou que não foi
com nenhum de vocês;
se fosse, tenho certeza,
seria em contexto melhor...
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Da mesa posta
Semana passada completou dois meses.
No outro mês, eu fiz nutella, kibe e requeijão.
Dessa vez teve cuscuz, porque os melhores sempre foram feitos por você (o último tinha sido em 2018, lembra?), teve pizza também (porque era assim que, lá atrás, costumávamos finalizar os nossos domingos) e teve sobremesa (das de verdade; porque se não fosse assim nem precisava ser!).
Apesar de, acho que encontrei uma forma de fazer doer menos, de fazer com que o dia seja mais leve, mais afetivo e mais doce (mesmo que tenha sempre aquele Q de amargo, por mais que tenha o açúcar - e sempre terá).
Esse texto é pra você, mas não unicamente.
Depois de 10 anos de jejum, voltei a consumi-lo também (porque sim, por que não?).
E, depois de uma conversa muito séria, reflexiva e acolhedora comigo mesma, voltei pro que eu era antes das restrições (restrições, não ideologias!).
Essa semana completará um mês. Depois que eu parar de sangrar, pode ser que eu coma pão também - mesmo sem ter fome de.
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Da próxima primeira vez
Comecei a pensar nisso tem uns 4 ou 5 dias ... mentira, penso nisso tem quase duas semanas (você sabe que a contagem está em quase 3?); mas, a questão é que só há uns 4 ou 5 dias que penso nisso com um leve Q de positivismo. De que pode ser bom. De que pode ser uma fuga boa. Sim, uma fuga - não há outro nome.
Será que conseguiremos rápido? Será que a demora fará com que esqueçamos do modo perfeitamente único que era? Será que conseguiremos nos superar? Patamares superiores, nesse caso, são alcançáveis? Superaremos nosso próprio tempo de duração e quantidades? Nas nossas próximas primeiras vezes, caberá a contagem em uma ou em duas mãos? Você tem medo de não saberem lidar com você? Eu tenho!
Existe uma programação, hipotética, elaborada pelo meu racional (mas o grito, pedido de socorro, veio do meu emocional). Ironicamente (ou melancolicamente ou sadicamente ou inconscientemente ou obviamente - não sei qual termo usar), será no período em que se completa um ciclo (dos pequenos).
Será que vai dar certo? Será que vai funcionar? Será que queremos (assim)? Não me conte (e nem me deixe saber).
Consegue trocar a piscina pelo mar?
domingo, 27 de junho de 2021
Do ir
São tantos pensamentos ... TANTOS!!!
Depois de tanto tempo, essa está sendo a primeira viagem; a última tinha sido a de março de 2018. Cenários totalmente diferentes. Realidades totalmente distintas, mas uma coisa igual.
(hoje há) Os vazios; os silêncios; as não-perguntas; as não-mensagens; os não-compartilhamentos; as não-comidas no armário; aS não-companhiaS, aS ausências ...
Dentro do uber, observando a noite fria e (quase) morta da cidade, me vieram vários pensamentos; várias ideias simples, daquelas que curam a dor momentânea e que ajudam no esquecimento dos porquês (de todas as coisas). Nenhuma deve ser colocada em prática (ou deve? NÃO, não deve).
...
Parei de escrever para ouvir a playlist...
Todos os pensamentos foram embora com as músicas.
Só a dor e o sofrimento ficaram.
domingo, 20 de junho de 2021
Do frio
Já tem uns dias que eu observo (ousaria dizer que admiro) as tardes bonitas que tem feito nesses últimos dias de outono. Um sol lindo pintando as montanhas de amarelo-dourado, um céu azul com poucas nuvens, as árvores brilhando seu verde musgo-vivo enquanto se movimentam pra escapar do frio. O mesmo frio que eu sinto, agora com mais intensidade.
Já tem semanas que eu vivo a base de chá pra me aquecer. Aquecer o corpo, a alma, o coração. A mente, não! Tantos pensamentos e questionamentos e dúvidas e incertezas (não, não são a mesma coisa) e hipóteses e reflexões e recapitulações, que não tem como esfriar, aquietar, deixar o vento frio bater e levar consigo toda a produção de horas, dias, semanas.
{Seis minutos de silêncio enquanto toca Bilhetes na playlist}
São oito horas da noite de um domingo (frio). Normalmente, nessa hora, eu já estaria pensando (há algumas horas) em como desacelerar o tempo, fazer com que ele andasse mais devagar, atrasar a despedida do final de semana, torná-lo infinito no segundo anterior à decisão de findá-lo.
Hoje é domingo. Várias quintas-feiras passaram. Algumas quartas-feiras também.
quarta-feira, 16 de junho de 2021
Do nunca mais
Nunca mais o forno ligado por 5 minutinhos pra esquentar os petiscos ou por 25 min pra fazer a pizza.
Nunca mais a garrafa recebida na festa de final de ano da empresa (essa porque eu acabei mesmo).
Nunca mais picnic.
Nunca mais acertar sempre se a comida nova agrada.
Nunca mais algumas peças de roupa.
Nunca mais maratonas de séries.
Nunca mais filmes de terror.
Nunca mais cuidado com a validade dos alimentos.
Nunca mais frio e calor coexistindo.
Nunca mais links.
Nunca mais adjetivos únicos.
Nunca mais leitura dos olhos.
Nunca mais "leva o casaco".
Nunca mais Damien Rice como antes.
Nunca mais O presente perfeito.
Nunca mais cabelo-gliter.
Nunca mais "já tem 300 reais aqui?"
Nunca mais "já escolheu?"
Nunca mais partes de livros.
Nunca mais pacotinho de feijão.
Nunca mais áudios entre uma parada e outra.
Nunca mais creme nos cotovelos.
Nunca mais cuidado com as mãos e pés.
Nunca mais "psss, calma, calma, respira".
Nunca mais "foi quanto tempo".
Nunca mais "tem mais?".
Nunca mais muitas coisas que não saem agora...
"Nunca é muito tempo",
meu pai me ensinou.
terça-feira, 15 de junho de 2021
Dos livros
Seus (meus) livros separados por coleção e dispostos em ordem alfabética. Meus (nossos) livros separados por gênero e dispostos em ordem alfabética.
Percebe os detalhes? As cores, os apetrechos, a decoração, o Amor com que tudo foi feito, os detalhes que eu sei que você nota.
Me senti conectada, a cada livro limpo e posto no lugar (sentiu o chamado?)
...
Comprei o livro dos cachorros, que não fala de cachorro, que você me recomendou. Pode ter sido uma compra tardia, suponho, mas, ainda assim, comprei.
...
São tantas histórias que não foram contadas e debatidas, tantos títulos a serem compartilhados...e não houve tempo suficiente pra tudo.
...
Desde ontem que admiro a poesia que ficou do trabalho feito. Sei que você admira também. 💗
domingo, 13 de junho de 2021
Do lopping
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Do sumiço (uma releitura Das aparições)
Um Leão sumiu no cruzeiro.
No cruzeiro (que lugar nada propício)!
Observa, sente, ruge, fica quieto, afaga, ruge mais...
É um Leão jovem, sendo levado por tudo aquilo que não acredita.
O sumiço não tem prazo pra acabar; e traz consigo todo o silêncio e vazio da ausência.
Um Leão sumiu no cruzeiro.
Desolação.
Há quanto tempo eu não bebia?
Escrevo subsidiada de hidromel e Damien Rice.
"The Greatest Bastard", no replay.
quinta-feira, 10 de junho de 2021
Do que não se queria ouvir
I made you laugh, I made you cry
I made you open up your eyes
Didn't I?
I helped you open out your wings
Your legs, and many other things
Didn't I?
Am I the greatest bastard that you know?
The only one who let you go?
The one you hurt so much you cannot bear?
Well we were good, when we were good
When we were not misunderstood
You helped me love, you helped me live
You helped me learn how to forgive
Didn't you?
I wish that I could say the same
But when you left, you left the blame
Didn't you?
Am I the greatest bastard that you met?
The only one you can't forget?
Am I the one your truth's been waiting for?
Or am I just dreaming once again?
Some dreams are better when they end
Some make it, mistake it
Some force and some will fake it
I never meant to let you down
Some fret it, forget it
Some ruin and some regret it
I never meant to let you down
We learn to wag and tuck our tails
We learn to win and then to fail
Didn't we?
We learn that lovers love to sing
And that losers love to cling
Didn't we?
Am I the greatest bastard that you know?
When will we learn to let this go?
We fought so much, we've broken all the charm
But letting go is not the same
As pushing someone else away
So please don't let on
You don't know me
Please don't let on
I'm not here
Please don't let on
You don't love me
'Cause I know you do
I know
That some make it, mistake it
Some force and some will fake it
I never meant to let you down
Some fret it, forget it
Some ruin and some regret it
I never meant to let you down
I never meant to let you
I never meant to let you down
I never meant
sexta-feira, 21 de maio de 2021
quarta-feira, 19 de maio de 2021
Dos trechos
quinta-feira, 13 de maio de 2021
Das duas semanas
Não tem terapia que dê jeito.
Não tem mantra que dê jeito.
Não tem foto que dê jeito.
Não tem cheirinho bom de erva que dê jeito.
Não tem lembrança boa que dê jeito.
Não tem mensagem enviada que alivie.
Não tem palavra de conforto recebida que conforte.
Não tem livro que compense.
Não tem print que amenize.
Silêncio! Nem o coração faz barulho.
segunda-feira, 3 de maio de 2021
Do ciclo
Meu corpo, literalmente, começou a sangrar.
Sempre considerei meus ciclos como uma oportunidade de renovação, um momento de parar, me recolher, repousar e deixar o corpo passar pelo processo do modo mais confortável possível.
Esse ciclo, o de agora, está sendo diferente: sangro por dentro e por fora.
As emoções estão mais a flor da pele do que nunca: o sentimento de ausência, de não pertencimento, de falta, de estar inconsolável, o vazio, o silencio e as vozes internas, as fotos, os textos, os papeis, as lembranças diversas e plurais. Todas as coisas pulsam veementemente.
Daqui a 2 ou 3 dias, meu corpo parará de sangrar.
Quanto de sangue uma alma consegue derramar?
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Do sonho
Gratidão pelo presente💜
segunda-feira, 26 de abril de 2021
De tudo do agora
Longe de casa
Já são cinco semanas
A milhas e milhas distante dos meus amores
Será que estão me esperando?
Eu fico aqui pensando...
Eu choro baixo, estou tão longe do céu
É quando chega a noite,
Que eu me sinto sozinha
É tão difícil abrir A Casa
E seguir meu caminho
De repente vem uma emoção
Ela me faz querer vocês
Fico sem os pés no chão
Ja(h)(gannatha), eu não sei como receber
Estou a alguns bairros do paraiso
Não sei como voltar
Estou a alguns bairros do paraiso
Talvez quando eu volte eu não queira ficar
Estou a alguns bairros do paraiso
Eu não queria mais dizer
Bye bye ...