Já tem uns dias que eu observo (ousaria dizer que admiro) as tardes bonitas que tem feito nesses últimos dias de outono. Um sol lindo pintando as montanhas de amarelo-dourado, um céu azul com poucas nuvens, as árvores brilhando seu verde musgo-vivo enquanto se movimentam pra escapar do frio. O mesmo frio que eu sinto, agora com mais intensidade.
Já tem semanas que eu vivo a base de chá pra me aquecer. Aquecer o corpo, a alma, o coração. A mente, não! Tantos pensamentos e questionamentos e dúvidas e incertezas (não, não são a mesma coisa) e hipóteses e reflexões e recapitulações, que não tem como esfriar, aquietar, deixar o vento frio bater e levar consigo toda a produção de horas, dias, semanas.
{Seis minutos de silêncio enquanto toca Bilhetes na playlist}
São oito horas da noite de um domingo (frio). Normalmente, nessa hora, eu já estaria pensando (há algumas horas) em como desacelerar o tempo, fazer com que ele andasse mais devagar, atrasar a despedida do final de semana, torná-lo infinito no segundo anterior à decisão de findá-lo.
Hoje é domingo. Várias quintas-feiras passaram. Algumas quartas-feiras também.
Há 4 anos
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