quarta-feira, 19 de maio de 2021

Dos trechos

Quando eu era bebê, (bem, eu não lembro, mas há os registros que me servem de guia) tínhamos, no Montese, um móvel, grande, cheio de livros e enciclopédias. Tudo organizado, separado por coleções e (se duvidar) por autores. Eu falo "tínhamos" porque não importa o quão bebê eu era: decidi, há alguns anos, que havia me apossado dos teus livros lá atrás ... Na Cajazeiras, transformou-se em prateleiras largas e extensas: a coleção branca das letras douradas, as capas-duras do Jorge Amado, uns livros que ja tinham a aparência de velho devido ao papel-jornal, as Conhecer, os livros verdes de medicina natural...Um belo dia foram pra outra morada, foram expostos, foram misturados, foram...foram doados (ainda prefiro pensar que foram pouquíssimos), foram privados do sol e do vento. Passaram-se anos (mais de uma década, provavelmente)
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Acabei de ver uma foto, com um texto de dor e adoração...
O texto acima foi mais um que eu comecei a escrever e não consegui terminar: o cansaço da alma culminou no cansaço do corpo e eu dormi.
Tem o texto da música ainda. É mais um que eu comecei a escrever, apaguei, comecei de novo, mudei as frases e desisti (pelo mesmo motivo de ter dormido)...algum dia (sei que em breve) eu volto a escreve-lo.
Hoje foi um dia estranho. Vontade nenhuma de exercer o ofício. Compulsão. Impaciência. Risos e sorrisos pelos motivos errados. Silêncios. Incredulidade...
 
...
 
Nenhuma palavra serve.

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