segunda-feira, 28 de junho de 2021

Da próxima primeira vez

 

    Você já parou pra pensar em como será sua próxima primeira vez? Quando será? Você está se programando pra ficar bem e disposto num período específico de tempo? Será com quem você deseja hoje? Ou será com quem deseja você? (Dá no mesmo?)
    Comecei a pensar nisso tem uns 4 ou 5 dias ... mentira, penso nisso tem quase duas semanas (você sabe que a contagem está em quase 3?); mas, a questão é que só há uns 4 ou 5 dias que penso nisso com um leve Q de positivismo. De que pode ser bom. De que pode ser uma fuga boa. Sim, uma fuga - não há outro nome.
    Será que conseguiremos rápido? Será que a demora fará com que esqueçamos do modo perfeitamente único que era? Será que conseguiremos nos superar? Patamares superiores, nesse caso, são alcançáveis? Superaremos nosso próprio tempo de duração e quantidades? Nas nossas próximas primeiras vezes, caberá a contagem em uma ou em duas mãos? Você tem medo de não saberem lidar com você? Eu tenho!
    Existe uma programação, hipotética, elaborada pelo meu racional (mas o grito, pedido de socorro, veio do meu emocional). Ironicamente (ou melancolicamente ou sadicamente ou inconscientemente ou obviamente - não sei qual termo usar), será no período em que se completa um ciclo (dos pequenos).
    Será que vai dar certo? Será que vai funcionar? Será que queremos (assim)? Não me conte (e nem me deixe saber).


Essa foto te remete a algo?
Consegue trocar a piscina pelo mar?

domingo, 27 de junho de 2021

Do ir

 

    São tantos pensamentos ... TANTOS!!!
    Depois de tanto tempo, essa está sendo a primeira viagem; a última tinha sido a de março de 2018. Cenários totalmente diferentes. Realidades totalmente distintas, mas uma coisa igual.
    (hoje há) Os vazios; os silêncios; as não-perguntas; as não-mensagens; os não-compartilhamentos; as não-comidas no armário; aS não-companhiaS, aS ausências ...
    Dentro do uber, observando a noite fria e (quase) morta da cidade, me vieram vários pensamentos; várias ideias simples, daquelas que curam a dor momentânea e que ajudam no esquecimento dos porquês (de todas as coisas). Nenhuma deve ser colocada em prática (ou deve? NÃO, não deve).
    ...

    Parei de escrever para ouvir a playlist...
    Todos os pensamentos foram embora com as músicas.
    Só a dor e o sofrimento ficaram.

domingo, 20 de junho de 2021

Do frio

 

Já tem uns dias que eu observo (ousaria dizer que admiro) as tardes bonitas que tem feito nesses últimos dias de outono. Um sol lindo pintando as montanhas de amarelo-dourado, um céu azul com poucas nuvens, as árvores brilhando seu verde musgo-vivo enquanto se movimentam pra escapar do frio. O mesmo frio que eu sinto, agora com mais intensidade.

Já tem semanas que eu vivo a base de chá pra me aquecer. Aquecer o corpo, a alma, o coração. A mente, não! Tantos pensamentos e questionamentos e dúvidas e incertezas (não, não são a mesma coisa) e hipóteses e reflexões e recapitulações, que não tem como esfriar, aquietar, deixar o vento frio bater e levar consigo toda a produção de horas, dias, semanas.

{Seis minutos de silêncio enquanto toca Bilhetes na playlist}

São oito horas da noite de um domingo (frio). Normalmente, nessa hora, eu já estaria pensando (há algumas horas) em como desacelerar o tempo, fazer com que ele andasse mais devagar, atrasar a despedida do final de semana, torná-lo infinito no segundo anterior à decisão de findá-lo.

Hoje é domingo. Várias quintas-feiras passaram. Algumas quartas-feiras também.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Do nunca mais

    Nunca mais o leite na leiteira fervendo.
    Nunca mais o forno ligado por 5 minutinhos pra esquentar os petiscos ou por 25 min pra fazer a pizza.
    Nunca mais a garrafa recebida na festa de final de ano da empresa (essa porque eu acabei mesmo).
    Nunca mais picnic.
    Nunca mais acertar sempre se a comida nova agrada.
    Nunca mais algumas peças de roupa.
    Nunca mais maratonas de séries.
    Nunca mais filmes de terror.
    Nunca mais cuidado com a validade dos alimentos.
    Nunca mais frio e calor coexistindo.
    Nunca mais links.
    Nunca mais adjetivos únicos.
    Nunca mais leitura dos olhos.
    Nunca mais "leva o casaco".
    Nunca mais Damien Rice como antes.
    Nunca mais O presente perfeito.
    Nunca mais cabelo-gliter.
    Nunca mais "já tem 300 reais aqui?"
    Nunca mais "já escolheu?"
    Nunca mais partes de livros.
    Nunca mais pacotinho de feijão.
    Nunca mais áudios entre uma parada e outra.
    Nunca mais creme nos cotovelos.
    Nunca mais cuidado com as mãos e pés.

    Nunca mais "psss, calma, calma, respira".

    Nunca mais "foi quanto tempo".

    Nunca mais "tem mais?".

    Nunca mais muitas coisas que não saem agora...

"Nunca é muito tempo",
meu pai me ensinou.

terça-feira, 15 de junho de 2021

Dos livros

Terminei de organizar a minha, a sua, a nossa biblioteca.
Seus (meus) livros separados por coleção e dispostos em ordem alfabética. Meus (nossos) livros separados por gênero e dispostos em ordem alfabética.
Percebe os detalhes? As cores, os apetrechos, a decoração, o Amor com que tudo foi feito, os detalhes que eu sei que você nota.
Me senti conectada, a cada livro limpo e posto no lugar (sentiu o chamado?)
...
Comprei o livro dos cachorros, que não fala de cachorro, que você me recomendou. Pode ter sido uma compra tardia, suponho, mas, ainda assim, comprei.
...
São tantas histórias que não foram contadas e debatidas, tantos títulos a serem compartilhados...e não houve tempo suficiente pra tudo.
...
Desde ontem que admiro a poesia que ficou do trabalho feito. Sei que você admira também. 💗

domingo, 13 de junho de 2021

Do lopping

 

 

 

 

 

 

 

Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.
Todo dia é quarta feira à noite.
Todo dia.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Do sumiço (uma releitura Das aparições)

Um Leão sumiu no cruzeiro.
No cruzeiro (que lugar nada propício)!
Observa, sente, ruge, fica quieto, afaga, ruge mais...

É um Leão jovem, sendo levado por tudo aquilo que não acredita.

Natural de todo felino, permite ser acolhido depois que tem a confiança conquistada. 
Natural também de todo felino, ruge com toda a capacidade que tem. 
Além disso, ainda é natural de todo felino a tentativa de cuidado, mesmo que a distância.

O sumiço não tem prazo pra acabar; e traz consigo todo o silêncio e vazio da ausência.

Um Leão sumiu no cruzeiro.
Desolação.

Há quanto tempo eu não bebia?
Escrevo subsidiada de hidromel e Damien Rice.
"The Greatest Bastard", no replay.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Do que não se queria ouvir

  

I made you laugh, I made you cry
I made you open up your eyes
Didn't I?

I helped you open out your wings
Your legs, and many other things
Didn't I?

Am I the greatest bastard that you know?
The only one who let you go?
The one you hurt so much you cannot bear?

Well we were good, when we were good
When we were not misunderstood

You helped me love, you helped me live
You helped me learn how to forgive
Didn't you?

I wish that I could say the same
But when you left, you left the blame
Didn't you?

Am I the greatest bastard that you met?
The only one you can't forget?
Am I the one your truth's been waiting for?

Or am I just dreaming once again?
Some dreams are better when they end

Some make it, mistake it
Some force and some will fake it
I never meant to let you down
Some fret it, forget it
Some ruin and some regret it
I never meant to let you down

We learn to wag and tuck our tails
We learn to win and then to fail
Didn't we?

We learn that lovers love to sing
And that losers love to cling
Didn't we?

Am I the greatest bastard that you know?
When will we learn to let this go?
We fought so much, we've broken all the charm

But letting go is not the same
As pushing someone else away

So please don't let on
You don't know me
Please don't let on
I'm not here
Please don't let on
You don't love me
'Cause I know you do
I know

That some make it, mistake it
Some force and some will fake it
I never meant to let you down
Some fret it, forget it
Some ruin and some regret it
I never meant to let you down
I never meant to let you
I never meant to let you down
I never meant