O choro continua não aliviando.
As lágrimas vem lá de dentro, rasgando todo o corpo, a alma e a esperança de que um dia conseguirá se recompor.
Faz uma pausa, fecha os olhos e respira, tentando fazer com que doa menos; acaba doendo mais.
As pausas em meio ao silêncio sempre fazem com que doa mais.
Já faz dias que desejava chorar, mas procurara se controlar...seguir em frente, andar (com rumo).
Não há mais foco visível! Não há estímulos! Não há razões!
Todo o conhecimento espiritualista está no porão, em desuso, empoeirado, esquecido.
As técnicas, as práticas, as vivências: tudo dentro de uma caixa fechada, com pequenas frestas quase que insignificantes.
(praticamente) Nada mais é memorável. Os episódios apenas passam, as cortinas se fecham, as luzes se apagam e não há ninguém no camarim para compartilhar.
Há um deserto, amplamente espaçoso (parece não ter fim). A areia é pálida, não há pegadas visíveis, não há placas indicativas, não há mapa; apenas a vastidão do vazio é perceptível.
O filme passa várias e várias vezes. um apanhado dos melhores momentos ... dos piores também. Dos mais emocionantes, dos mais bonitos, dos mais singelos, dos mais agonizantes, dos mais tristes, dos mais temerosos! O deserto comporta todos os trailers existentes.
As músicas, os diálogos, os gestos, as comidas ... antes tão cheios de sentido, tornaram-se voláteis.
O silêncio [inexplicável] de dias e o medo dele se tornar eterno nessa existência.
O sumiço das palavras, engolidas pelas areias do deserto!
Há 4 anos
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