segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Do fim do mês

E eis que, por fim, hoje é o último dia do mês de novembro.
Um dos meses mais loucos do ano.
De maiores conflitos psicológicos.
De mais alta improdutividade.
De mais baixa imunidade.
Vai, corre! E não volta nunca mais!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Do poema

Recebi uma parte desse poema de Oscar Wilde por email e resolvi ir atrás do poema completo. O Poema é bem grande, acabei selecionando o que achei mais interessante.


A Balada do Cárcere de Reading


I


E, embora eu fosse alma a sofrer, já nem sequer

Sentia a minha dor.


[...]


Apesar disso - escutem bem - todos os homens

Matam a coisa amada;

Com galanteio alguns o fazem, enquanto outros

Com face amargurada;

Os covardes o fazem com um beijo,

Os bravos, com a espada!


Um assassina o seu amor na juventude,

Outro, quando ancião;


[...]


Todo homem mata a coisa amada! - Nem por isso

Todo homem vai morrer.


II


Fomos dois barcos condenados na tormenta,

Cruzando um do outro a via;

Não fizemos sinal e não dissemos nada...

Nada a dizer havia,
Pois nosso encontro não se deu na noite santa,

Mas no infamante dia.


III


Somente eu conheci a dor que o fez berrar

Com amargor tão forte,

E os remorsos violentos e suores sangrentos
De sua negra sorte:

Quem vive mais do que uma vida também deve

Morrer mais que uma morte.


IV


Quem peca vez

Segunda acorda uma alma morta

Para nova aflição;

Ergue-a do pálio maculado e novamente

A faz sangrar então;

Grandes gotas de sangue ainda a faz sangrar,

E a faz sangrar em vão!


[...]


Ele está em paz, [...] Ou logo em paz

Há de estar a alma sua:

Nada mais o perturba; e ali, ao meio-dia,

O Terror não o acua,

Visto que a terra úmida e sem luz em que descansa

Não tem nem Sol nem Lua.


V


Feliz o coração partido: pode a paz

Do perdão conquistar!

Senão, como o homem vai fazer reto o seu plano

E do Erro se limpar?
Como pode, a não ser por coração partido,

O Senhor Cristo entrar?


VI


Apesar disso - escutem bem - todos os homens
Matam a coisa amada;
Com galanteio alguns o fazem, enquanto outros
Com face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!