domingo, 13 de março de 2011

Do recuo



"Voce me ajudou muito, mas tinha uma coisa que só eu podia fazer."

Tem alguns relacionamentos que só existem -de modo bem intenso- por um curtíssimo período de tempo. Eu, particulamente, só sei que ele acabou (ou deixou de ser intenso) quando ele realmente acaba (ou se torna mias frio); ou seja, eu sou (quase sempre) incapaz de perceber que as coisas estão chegando ao fim.
Eu li em um livro que algumas pessoas aparecem nas nossas vidas, nos acordam para algo que estamos adormecidos e vão embora, com a missão cumprida. No meu caso; eu fui a pessoa que apareceu e a pessoa que foi acordada foi quem partiu (até porque, eu quase nunca vou embora).

Como me disse um outro amigo (em outra situação): "Pense que voce fez a sua parte, fique com a consciência de que agiu corretamente e que está com o dever cumprido".
Em junho e julho do ano passado, uma grande amiga disse que eu tinha vivido uma extraordinária história, que foi uma experiência fantástica de poucos dias. E era exatamente assim que eu sentia tudo aquilo naquele tempo.
Guardando as devidas proporções e particularidades, é assim que eu me sinto hoje. Fico feliz de ter ajudado, fico feliz de ter feito acordar e fico feliz de ter aliviado a carga ao ponto de cooperar para que fosse feito aquilo que uma única pessoa podia fazer.

Uma experiência vivida, uma pessoa ajudada, um recuo feito, um sorriso saudoso!



Porque o silêncio e o recuo também fazem parte do ser humano.