segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Do natal deste ano


Com a família maior, com pessoas recém chegadas (uns nem tão "recém" assim) e com um clima mais ameno, tranquilo e descontraído que outras vezes, posso dizer que tive um lindo natal nesse ano. Guardando as crises psico-filosóficas que existem desde sempre em mim, foi uma noite bonita. =]

Foi lindo ver a família presente, sem pressa de ir embora, sem obrigações posteriores, sem clima tenso, com sorrisos, brincadeiras, super piadas encabuladoras, fartura de comida, de presentes e de boas energias.

Além de tudo isso, duas coisas fizeram com que minha noite fosse mais feliz e importante: foi o primeiro natal do meu irmão Schopenhauer (que, elegantemente, ficou acordado durante toda a festa) e o primeiro natal que eu passei ao lado daquele que hoje compartilha comigo a vida e os sonhos.

Sou grata pelos momentos vividos, por cada sorriso, por cada "seja bem vindo", por cada brincadeira, por cada abraço, por cada alimento feito especialmente com amor e livre de crueldade, por cada olhar, por cada pessoa que estava ali naquela noite.

E que as boas energias venham, para todos.

Haribollll!!!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dos outros modos possiveis


Quando voce quer nadar e nao tem uma piscina (ou um rio, mar ou lago) e, mesmo assim, seu desejo pelo nadar continua, o que fazer?


hoje eu resolvi que eu ia nadar, mesmo sem a piscina e mesmo sem poder nadar livremente.


nao coloquei roupa de banho, nao coloquei touca na cabeça e nem oculos de mergunho...apenas cheguei a minha piscina e disse mentalmente "estou aqui e vou nadar"!


Foi a primeira vez que eu tentei isso, assim desse jeito, comecei devagarinho, batendo os pés aqui e ali; depois comecei a bater as mãos e, depois de algum espaço pecorrido, eu batia os pés e as mãos ao mesmo tempo.


Nadei, nadei, nadei ate que cheguei no maximo de resistencia do meu folego e, entao, fui relaxando; comecei a bater os pés mais lentamente e depois bati as maos lentamente ... até chegar à borda da piscina.
... me deitei ali no chão e percebi que meu corpo nao tinha uma gota de agua, percebi que eu realmente tinha nadado numa piscina de um jeito diferente e percebi que há outras formas de se nadar e que elas podem dar certo \o/


e como deu certo e como me fez feliz.

\o/\o/

[texto escrito no sabado, 15.10.11]

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Da inocência não compartilhada


E quando a inocência não é compartilhada, ela não é vista como inocência.
Quando voce tenta, simplesmente, ajudar; corre o risco de acharem segundas intenções em voce ... "por mais inocente que voce seja" ou "voce é inocente, mas não a esse ponto" ou, ainda, "voce sabia que ..." ...

Desculpa, eu realmente não sabia e -desculpa mais ainda- minhas palavras não foram só de alivio; foram sinceras e de coração...

Com a música que eu estou ouvindo, a vontade de escrever está se esvaindo ...
Com licença, vou ler o texto que minha amiga (.V.R.M) me enviou ontem.


*Obrigada por me desculpar
por quase tudo, e sinto muito 
por aquilo que não pode ser 
desculpado (ainda) ...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Das comprovações

E não é que aquela história de fazer
com que a dor física seja maior que a dor
emocional realmente funciona?!!

domingo, 13 de março de 2011

Do recuo



"Voce me ajudou muito, mas tinha uma coisa que só eu podia fazer."

Tem alguns relacionamentos que só existem -de modo bem intenso- por um curtíssimo período de tempo. Eu, particulamente, só sei que ele acabou (ou deixou de ser intenso) quando ele realmente acaba (ou se torna mias frio); ou seja, eu sou (quase sempre) incapaz de perceber que as coisas estão chegando ao fim.
Eu li em um livro que algumas pessoas aparecem nas nossas vidas, nos acordam para algo que estamos adormecidos e vão embora, com a missão cumprida. No meu caso; eu fui a pessoa que apareceu e a pessoa que foi acordada foi quem partiu (até porque, eu quase nunca vou embora).

Como me disse um outro amigo (em outra situação): "Pense que voce fez a sua parte, fique com a consciência de que agiu corretamente e que está com o dever cumprido".
Em junho e julho do ano passado, uma grande amiga disse que eu tinha vivido uma extraordinária história, que foi uma experiência fantástica de poucos dias. E era exatamente assim que eu sentia tudo aquilo naquele tempo.
Guardando as devidas proporções e particularidades, é assim que eu me sinto hoje. Fico feliz de ter ajudado, fico feliz de ter feito acordar e fico feliz de ter aliviado a carga ao ponto de cooperar para que fosse feito aquilo que uma única pessoa podia fazer.

Uma experiência vivida, uma pessoa ajudada, um recuo feito, um sorriso saudoso!



Porque o silêncio e o recuo também fazem parte do ser humano.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Das metáforas

- Se você soubesse que sua mãe gosta muito de um prato e que ela nunca o usou e que ninguém, absolutamente ninguém, pode usá-lo ... e se você chegasse perto de usá-lo, bem perto

- Adoro suas metáforas

 - bem perto de estar com a concha cheia de sopa e, bem na hora, devolvesse a sopa pra panela ...e ... e saísse correndo pela casa, sozinho... o que você faria depois?

- cara, essa cena tá parecendo tão surreal

- movido pelo arrependimento de (quase) desobedecer sua mãe? e se na mesma hora você pensasse: meu deus, como eu posso desobedecer minha mãe assim?

...

Recebi isso por email ... Depois eu soube que a pessoa chorou de remorso e repetiu (em meio ao choro) muitas vezes que amava muito a mãe e que nunca, nunca, seria capaz de usar o "prato intocável" ou de fazer algo que saberia que magoaria a mãe.

Tão bonito a sinceridade das pessoas ... Tão bonita a sinceridade nas atitudes ... Tão bonito o sentimento de gratidão para com os outros (mesmo não dito diretamente)

Tão bonito conhecer um pouco mais do interior sincero das pessoas.

(E, sim, eu acredito que o prato da sua mãe permanecerá inutilizado - para sempre)